Em novembro, entraram em vigor as novas regras para o uso do Pix, sistema de pagamentos criado pelo Banco Central. A partir de então, para realizar transações via Pix com um dispositivo não registrado, o usuário precisará cadastrá-lo junto à instituição bancária onde tem conta. Se o dispositivo não for cadastrado, as transações estarão limitadas a R$ 200 por operação, com um teto de R$ 1.000 por dia. Para realizar transferências de valores superiores, será necessário registrar o dispositivo na instituição financeira.
Ricardo Mourão, chefe do Departamento de Competição e Estrutura do Mercado Financeiro (DECEM) do Banco Central, explicou que o processo de cadastro é simples. “O usuário deve acessar a opção de gerenciamento de dispositivos no aplicativo da instituição e solicitar o cadastro do novo dispositivo. Cada banco tem um procedimento próprio, então basta seguir as orientações fornecidas durante o processo. Após o cadastro, as transações poderão ser realizadas de acordo com o limite estabelecido pela instituição para o cliente, com segurança e praticidade”, afirmou Mourão.
Além disso, para aumentar a segurança no cadastro de novos dispositivos, será exigido o uso da autenticação em dois fatores. Isso visa impedir que um fraudador consiga registrar um dispositivo caso tenha acesso indevido à senha do usuário legítimo. O novo procedimento foi debatido no Grupo Estratégico de Segurança (GE-Seg) do Fórum Pix.
A principal finalidade da nova regra é reduzir os golpes nos quais criminosos conseguem acessar as senhas dos cidadãos. Esses ataques frequentemente ocorrem por meio de técnicas de engenharia social, como o golpe da falsa central telefônica, no qual o fraudador se passa por um atendente bancário e obtém a senha da vítima para realizar transações Pix de qualquer dispositivo. Com a implementação dessa medida, para fazer transferências Pix superiores a R$200 em dispositivos que ainda não foram cadastrados pelo usuário, será necessário registrar o aparelho com antecedência. Dessa forma, mesmo que o criminoso tenha a senha, ele não poderá efetuar transações de alto valor.
Fonte: Banco Central