A Justiça dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira (12) o plano de reestruturação financeira da Azul Linhas Aéreas, abrindo caminho para uma redução expressiva de seu endividamento e para a entrada de novos recursos no caixa da companhia. A decisão foi proferida pelo juiz Sean Lane, durante audiência realizada em White Plains, no estado de Nova York.
Com a aprovação, a Azul poderá diminuir em mais de US$ 2 bilhões suas obrigações financeiras, principalmente por meio da conversão de dívidas antigas em ações. O plano também autoriza a empresa a levantar capital adicional por meio de uma nova oferta de direitos de subscrição de ações, além de investimentos diretos das companhias aéreas American Airlines e United Airlines.
O processo de recuperação judicial foi iniciado em maio, nos Estados Unidos, sob o regime do Chapter 11. Segundo os termos aprovados, American e United poderão investir até US$ 300 milhões na Azul, reforçando a estrutura de capital da empresa em um momento considerado estratégico para sua recuperação financeira.
De acordo com o presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, a aprovação do plano representa uma mudança significativa no perfil financeiro da companhia. Em declaração à imprensa, o executivo destacou que a empresa sairá do processo com um nível de alavancagem menor do que o inicialmente previsto, passando de uma projeção de três vezes para cerca de 2,5 vezes.
Rodgerson ressaltou ainda que a reestruturação resultará em uma redução aproximada de 60% da dívida total e em uma economia anual de cerca de US$ 200 milhões em despesas com juros. Outro ponto relevante envolve os contratos de arrendamento de aeronaves, cujos valores também foram renegociados. Segundo a companhia, a dívida relacionada ao aluguel de aviões foi reduzida em 28%, gerando uma economia anual estimada em US$ 300 milhões, sem alteração significativa no tamanho da frota operacional.
Com a homologação do plano pela Justiça norte-americana, a Azul avança em seu processo de reorganização financeira, buscando maior sustentabilidade econômica e condições mais favoráveis para enfrentar os desafios do setor aéreo nos próximos anos.
fonte: CNN
