Segundo o Economista Luiz Rhabi, esses pedidos aumentaram 105,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Grandes empresas como: Oi, Americanas e Light já recorreram a esse dispositivo jurídico. E se a sua empresa é fornecedora de alguma delas, você sabe a luta que para receber o seu crédito. Contratando uma equipe experiente no assunto, você terá certeza se os seus interesses estão sendo tratados como realmente devem ser!”
Os pedidos de recuperação judicial aumentaram 105,2% em maio de 2023, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados, divulgados nesta segunda-feira (26), são do Indicador de Recuperação Judicial e Falências da Serasa Experian.
Os números revelam ainda que as micro e pequenas empresas (MPEs) foram as mais impactadas, com um total de 68 pedidos de recuperação judicial, ante 36 em maio de 2022.
Já as empresas médias somaram 38 pedidos de recuperação judicial no período, frente a 16 na mesma época do ano passado. As grandes empresas mais que dobraram os números: em maio de 2023 foram 13 solicitações, frente a apenas 6 um ano antes.
Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, explica que os juros altos foram um dos fatores que provocaram o aumento da inadimplência das empresas, o que, consequentemente, impactou a alta expressiva dos pedidos de recuperação judicial.
“Os juros altos impactam duplamente esses números, primeiro porque a tomada de crédito fica mais cara para as empresas, e a dívida delas aumenta. Além disso, as taxas de juros elevadas inibem o crescimento econômico e prejudicam o caixa das empresas”, explica.
Além disso, Rabi comenta que o constante aumento de inflação provocou recorde de endividamento de pessoas físicas, o que também acaba influenciando as empresas. “Quando um consumidor fica inadimplente, ele está deixando de pagar alguém. E esse alguém é uma pessoa jurídica”.
O especialista ainda afirma que mais da metade da inadimplência de consumidores acontece fora dos bancos. “O surto inflacionário produziu inadimplência de pessoas físicas, e a inflação alta provocou aumento de juros. Isso acaba potencializando a inadimplência de empresas, que ficam sem dinheiro para pagar suas contas”, diz.
“Este cenário só irá se reverter quando tudo o que provocou o aumento de pedidos de recuperação judicial e falência se reduzir: inflação, juros e inadimplência de pessoas físicas. Aí, sim, a gente estanca esse processo”, conclui Rabi.
O levantamento da Serasa Experian também mostrou que 119 empresas entraram com pedido de recuperação judicial no mês passado. Além disso, os requerimentos de falência de negócios também subiram para uma total de 121 pedidos — sendo a maioria demandada por MPEs, que somaram 73 requisições.